terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

Projeto #Condrati100Milhas - Volta ao redor de Curitiba à pé

Projeto #Condrati100Milhas - Parte 1 - Volta ao redor de Curitiba, à pé!!!


          No dia 23/02/2019 às 0h01min iniciei minha jornada ao redor de Curitiba, sempre por fora de seus limites geográficos, e com apenas a força das pernas pisando no chão - Ou seja... não seria de carro, bicicleta, ou qualquer outro meio de transporte... e sim à pé... e de preferência correndo. Nesse momento estavam comigo minha irmã Danielle, cunhado Paulo e o sobrinho Pedro Grillo assistindo a "largada", enquanto meu professor Marco Piazza acompanhou fazendo apoio de carro, os amigos Carlos Brito e Katiuscia Ferreira pedalando, e o Walter Lima iniciando como eu, correndo!!! Mas o projeto não começou nesse minuto... foram meses e meses de treinamento e planejamento...

O início da corrida em minha vida


          Sempre tive uma vida ativa, pedalando, jogando bola (futebol, futsal, volei, basquete, bet-ombro,...), e até correndo descalço na areia da praia, com os tios e primos. Em 2006 eu era o responsável por organizar semanalmente o futsal com o pessoal da empresa, mas nessa época alguns amigos se lesionaram, e então decidi, até por um tanto de receio, largar o futsal/futebol e migrar para outro esporte. Na onda da São Silvestre (31/12/2006), assistindo pela televisão, coloquei a corrida como meu esporte principal, a partir de janeiro de 2007, com o objetivo de completar os 15km da São Silvestre no último dia daquele ano. Não parei mais. De lá pra cá já foram pelo menos 15 Maratonas, e mais umas outras 15 Ultra Maratonas (entre 44km até 129km, sendo 3 acima acima de 100km). Não sou atleta de elite ou sequer dependo profissionalmente do esporte, mas podemos dizer que dou um certo trabalho... já até cheguei na frente em várias provas, e em várias distâncias (desde 4km até na distância máxima que ja corri: 129km, em 2017).

          Em 2018 busquei realizar uma prova de 100 milhas (160km), em terreno muito técnico e com muita subida (9.000m positivos), mas a minha prova finalizou próximo dos 110km com fortes dores nos joelhos. Foi a primeira e única prova em que não ultrapassei a linha de chegada. Mas isso ao invés de me derrubar, me deu ainda mais energia para buscar um novo desafio à altura. Poucos meses depois dessa prova, conversando com os amigos curitibanos que lá fiz, surgiu a ideia de realizar um percurso de 100 milhas ao redor de Curitiba, juntando com um antigo sonho de percorrer o perímetro da cidade (inviável por grande parte ser sob água).

          Então o projeto começou a ganhar corpo, fui cogitando algumas possibilidades, até que surgiu um outro antigo sonho, o de completar a Maratona mais antiga realizada anualmente, em sua 123ª edição: Boston Marathon. Para se inscrever nessa prova, você precisa ter índice de tempo, e é um tempo relativamente forte (tanto que tem atletas nesse momento realizando "Projeto Boston" ou "Caçada ao Unicórnio", com treinamentos específicos para conseguirem esse índice. Mas eu já tinha, conquista vinda da Maratona de Curitiba 2017, quando completei os 42km em 2h52min. Então pesquisei alguma prova de 100 milhas com data próxima e que não fosse tão longe da cidade, encontrei uma à cerca de 800km uma semana antes... perfeito!!! Estaria já na 25ª edição: Umstead100. As inscrições também coincidiam, a de 100 milhas seria uma semana antes, e soube que era bem concorrida, portanto, se não conseguisse me inscrever, não me inscreveria para Boston também.

          Às 13h do dia 08/09/2018 estava em frente ao computador para tentar uma das 300 vagas da prova. O processo era simples: os primeiros 300 que clicassem no link para se inscrever, teriam exatos 12min para finalizar o processo de inscrição, caso contrário eram desconectados. E assim continuava de 15 em 15min, até se esgotarem as vagas. Não consegui o link das 13h, mesmo clicando F5 todo segundo, rsrs. No link das 13h15min novamente não consegui (mas descobri pelo facebook que teve problemas), mas já na próxima da 13h30 consegui acessar... meu coração disparou... preenchi tudo em 4min, mas fiquei outros 4min pensando se era isso mesmo que queria... faltavam apenas 4min para decidir... e digo que nessa hora foi mais na emoção... cliquei no Confirm. Para completar, no dia 12/09/2018 me inscrevi também para a Boston Marathon, e fui aceito em 20/09.

          Então, iniciaram os treinos, basicamente o mesmo que vinha fazendo, e coloquei a meta para a semana seguinte à Maratona de Curitiba realizar 160km ao redor de Curitiba. Mas estava muito próximo. A Maratona seria dia 18/11/2018, e a volta marcada para 24/11. Finalizei a Maratona em cravadas 3h00min00seg, mas me sentindo fadigado. Conversei com meu treinador, Marco Piazza, e estipulamos reduzir a distância para 135km (mínimo que consegui traçar por fora de Curitiba), colocando a data no auge do treinamento para as 100 milhas: 6 semanas antes da prova. Então, marcada a data para dia 23/02/2019. Descansei uma semana, e ainda teriam 12 semanas de treinos específicos para a Volta em Curitiba, e 18 semanas para a Umstead100. Mas ainda com o objetivo final de realizar a volta de 160km ao redor de Curitiba... teremos a edição 2020 aberta ao público oficialmente...

          E nesse ponto é que começaram as mudanças, o Projeto ganhou vida, e foi lançado definitivamente o Projeto #Condrati100Milhas. Fechei uma parceria de musculação na Academia Studio Corpo Livre, duas vezes por semana; também acompanhamento nutricional com a Melissa Pinesso, corrigiu minha alimentação diária e repassou todos os detalhes de suplementação para o desafio; liberação muscular uma vez por semana com a fisioterapeuta Ana Paula Janz; e suplementação da 42K Suplementos Alimentares, com produtos pré, intra e pós treino. Já estava com o apoio da Equipiazza Assessoria Esportiva prescrevendo minha planilha de treinamento e realizando treinos presenciais em vários locais de Curitiba; e embaixador da Naventura Eventos Esportivos, aproveitando todas as provas já como uma ótima preparação. E com a Piu José Eventos faremos um almoço beneficente no dia 10/03/2019 para arrecadar fundos para a viagem (Acesse aqui para confirmar presença, até dia 07/03/2019).

          Realizamos junto aos parceiros alguns sorteios de serviços, e também arrecadei roupas, calçados e alimentos para doação (a primeira entrega já foi realizada, para a comunidade Iguaçú na cidade de Araucária, mais de 50Kg de alimentos, e 150 peças de roupas e calçados). Ainda estou arrecadando para outras entregas... Além também de custear parte de meus gastos para a competição especificamente de 100 Milhas (https://bit.ly/Condrati100Milhas).

Dia 23/02/2019 às 0h01min - O início (Campo Largo)


          A data escolhida não foi ao acaso. Além de ser no auge do treinamento para as 100 milhas da Umstead, também fiz questão de escolher um final de semana com lua cheia (a lua cheia na verdade foi durante a semana, alguns dias antes, mas não podia faltar ao trabalho para correr um dia inteiro). O horário também não foi ao acaso: invertendo a posição dos números, fica 100... de 100 milhas, futura distância para uma futura prova nesse local, e além também de não trazer sorte deixar meia noite, rsrs. A ideia inicial seria fechar dentro do mesmo dia, portanto até as 23h59min, mas fui mais audacioso... coloquei um ritmo limitando entre 5'15" e 6'15"/km, com algumas paradas intermediárias (já pensando na prova 6 semanas após que será em looping de 20km) e principalmente com intenção dos amigos poderem acompanhar em alguns trechos. Com isso, o tempo previsto ficaria em 15h.

          O local escolhido foi a chácara Flor Alada Flores, nos fundos do Parque Passaúna, cidade de Campo Largo. E exatamente às 0h01min, toquei o sino e a jornada começou, duas pessoas correndo, duas pessoas de bicicleta e mais uma de carro realizando o apoio e segurança. Eu vestia camiseta de manga longa da Equipiazza, bermuda justa da Kalenji, meias cano alto Kalenji e tênis Nike Zoom Streak 6 Running. Meu relógio gps (A-rival SpoQ SQ-100) liguei e coloquei no bolso (pulseira arrebentou algumas semanas atrás). Aí já tive meu primeiro imprevisto: esqueci de colocar o percurso (que tanto divulguei) em meu gps!!!! Por sorte o Carlos e o Walter tinham colocado em seus gps's. Também, havia feito um passo a passo com cada curva e quilometragem, o Marco tinha impresso. Ufa... seguimos adiante... Mas aí o segundo imprevisto, esqueci também de ir no banheiro logo antes de iniciar, só tinha ido umas 3h antes (e eu sempre tenho vontade de ir antes de provas e treinos importantes), tive que segurar... Um terceiro imprevisto... a lanterna com incríveis 920 lumens que havia emprestado para correr coloquei em algum lugar que não achava, então usei a minha Black Diamond de 320 lumens. A lua contribuía com sua claridade, céu aberto com inúmeras estrelas, a noite estava perfeita. Agora sim seguíamos pelas estradas rurais de Campo Largo, logo em seguida já em Araucária.

Parada 1 (Araucária)


          No km11 após uma hora do início chegamos na primeira civilização, mas que na verdade é um aglomerado subnormal (mais conhecido como favela). As bikes foram colocadas na caçamba do carro de apoio para não chamarem a atenção. Continuamos, o Walter e eu, correndo. Passamos por alguns homens fumando e bebendo, apenas os cumprimentamos e continuamos, agora já em asfalto, com muitas ruas praticamente desertas, mas os bares e carrinhos de cachorro quente cheios. A hidratação e suplementação, quase toda com produtos 42K, iam no carro e me alcançado periodicamente. Chegamos na Igreja Matriz de Araucária, 17,8km, 1h40mim da manhã, com tempo de sobra, previsão para sair às 2h02min, o tempo demorou a passar, o corpo esfriou. Toda parada cuidava muito da alimentação e hidratação, não podia passar fome ou sede, mas também não podia exagerar. Me alimentei, fiz xixi, conversamos, rimos, e seguimos adiante noite adentro, atravessando uma linda ponte sob o Rio Iguaçú.

          Onde havia pensado que seria estrada de chão, tinham recém asfaltado, foram vários quilômetros por esse novo piso, depois parte em construção, até voltar estrada de chão. Encontramos aranhas, baratas, cobras, corujas, quero-queros, e até um bezerro morto possivelmente atropelado. O Walter preferiu não forçar muito e parou com 26km. Entrou no carro e descansou. Um cheiro nada agradável rompeu o aroma da natureza ao passar em frente à duas granjas. Do nada, um carro no sentido contrário de repente parou na nossa frente. O medo passou quando reconhecemos o Marcelo Pinesso e o Dario Azevedo que deveriam nos esperar no próximo ponto. Agora estava com dois carros de apoio e duas bicletas, somente eu correndo. Adentramos os limites da Fazenda Rio Grande, e novamente um odor, agora do aterro sanitário.

Parada 2 (Fazenda Rio Grande)


          No posto Shell combinado, ainda fechado, com 38km às 3h52min fizemos a segunda parada. Logo chegou a Ana Caroles e a Yonara. Pouco após o horário previsto, retomamos a corrida às 4h21min, agora junto com Marcelo, Dario e Carol, e apoio da Kati na bike, Carlos num carro, Marco e Walter no outro, e mais a Yoyo num terceiro. Aproximadamente um quilômetro depois um susto... Marcelo não viu uma lombada (que eu havia cantando em cima da hora), tropeçou e caiu espatifando o joelho no asfalto, por sorte só superficial e continuou correndo. Chegamos em São José dos Pinhais, e depois de 9km correndo, Carol revezou com a Yoyo, que simplesmente começou a correr pra baixo de 5'/km, haha. Logo o Aleixo nos encontrou, tivemos nossa maior comitiva: 10 pessoas. Yoyo completou também seus 9km, entrou no carro e seguiu até a próxima parada. Elas ainda iriam completar seus treinos de 60km no entorno da Ouro Fino, onde na semana anterior eu competi (Naventura Ouro Fino 30km) sendo vice campeão geral. O dia clareou, retirei a lanterna de cabeça, e avistamos o sol pela primeira vez sob o viaduto da Av. Rui Barbosa atravessando o Contorno Sul às 6h15min.

Parada 3 (São José dos Pinhais, Piraquara)


          Enfim, a parada foi num posto que estava aberto, 60,8km percorridos às 6h24min. Aproveitei para ir ao banheiro. Carol e Yoyo se despediram, Aleixo também. Retomamos às 6h50, ainda Marcelo e Dario correndo, Kati na bike, Carlos, Marco e Walter no carro. Marco conseguiu descansar um pouco quando o Walter assumia a direção. Foi fundamental para dar continuidade no apoio. Seguimos a Av. Rui Barbosa adentrando a cidade. Numa ladeira, avistamos um corredor no meio da rua, aguardando nossa passagem. Era o José Carlos Marinho. Abraçamos, conversamos, seguindo num trote, mas logo se despediu. Estava em frente à sua casa, e não deixaria passar em branco esse momento. Adiante Marcelo e Dario também se despediram, depois de 26km corridos. Walter aproveitou a carona e retornou para sua residência depois de 38km no carro de apoio. Ao lado do Aeroporto Internacional de Curitiba (ainda em São José dos Pinhais), contemplamos um avião passar alguns metros acima de nossas cabeças, sensacional, para então pousar na pista de aterrissagem. Passamos rapidamente por Piraquara (apenas 3,5km) e seguimos em Pinhais.

Parada 4 (Pinhais, Colombo)


          Com bastante movimento, chegamos à quarta parada no posto de combustível próximo ao antigo Autódromo Internacional de Curitiba (que também não é em Curitiba, rs), com 79,6km às 8h32min. O sol já estava esquentando, troquei a camiseta manga longa por uma regata. Coloquei uma viseira da Naventura, e um óculos Optitech Orange C2. Passei bastante protetor solar. Avisei a família que estava me cuidando e que também estava seguro (com uma pistola Taurus no banco do carro, graças ao apoio policial). Aqui o Carlos e a Kati se despediram, ainda teriam que pedalar até vossas residências quase do outro lado da cidade. Carlos deixou gentilmente seu gps para o Marco continuar navegando pelo percurso. Agora ficou somente o Marco de carro e eu, saímos às 8h52min, dois minutos adiantados, pois tinha visto em algum relógio o horário de 8h59min pensando estar 5min atrasados!!! 300m adiante, o carro teve que ir por uma rua paralela. Segui sozinho pela primeira vez, por praticamente 1km. Chegamos em Colombo. Num trevo recém reformado, passando por baixo da BR-116, tive dúvidas e quase xinguei o Marco, hahaha. Tive receio de adentrar sem querer em Curitiba e jogar fora o planejamento de meses. Mas deu certo, fiz uma pequena pausa, o sol estava esquentando rápido demais. A previsão de céu nublado de dias atrás não se cumpriu, mesmo com as fortes chuvas nos vários dias anteriores e consecutivos. As subidas já tinham começado desde o km77, mas foi nesse ponto no km86 que se intensificaram. A união do sol com subidas minaram minhas forças. Encontramos o Ricardo de Paula (na verdade ele nos encontrou) quando eu estava pedindo informações sobre uma rua, rs. O Marco e eu (talvez só eu) estávamos delirando, queria entrar em ruas erradas, hahaha, não sei como mas acertamos. Ali tinham vários cachorros na rua, por sorte poucos chegaram à avançar em nós, e nenhum desses ataques apresentou risco. Chegamos em Almirante Tamandaré.


Parada 5 (Almirante Tamandaré)


          Caminhando em várias subidas, chegamos à outro posto de parada (escolhi os postos caso precisasse comprar algo, mas para mim não precisou, foi útil aos apoios), com 98,7km às 10h49min. Liguei para casa, já estava com saudades. Reapliquei o protetor solar. Os clientes do posto olhavam com certa estranheza. Nesse ponto estava apenas 100m do limite de Curitiba, ponto mais próximo que cheguei de adentrar na capital, mas em nenhum momento pisei em solo curitibano. Às 11h03min, com 2min de atraso, segui correndo solitário, com o Marco no apoio de carro, sentido centro de Almirante Tamandaré. A Avenida estava cheia, Marco quase ficou preso no engarrafamento. Por sorte já havia feito reconhecimento desse trecho numa oportunidade com meus tios (Rose, Marlene e Wando) acompanhando de bicicleta. Não demorou muito e saímos da principal, adentramos um bairro mais humilde, mas sem apresentar riscos à segurança. Ruas estreitas e mais adiante de chão. Num ponto onde a rua não estava no mapa, fiz meu percurso, foi um dos trechos mais lindos. Mas durou apenas 200m. Atravessamos a Rodovia dos Minérios com cautela, e subimos a mais longa subida com 110m de diferença altimétrica em 1,6km, alcançando o ponto mais alto da prova com 1.037m de altitude. Reapliquei protetor solar, e adentramos Campo Magro, quando o Geison nos encontrou depois de tentar nos localizar numa rua fora do percurso. Fomos jogando conversa fora por 5km, caminhando nas subidas e trotando no plano e descidas, até chegarmos no ponto de parada.


Parada 6 (Campo Magro)


          Anunciei o ponto no Bar do Canelinha, mas esse estava fechado. Ficamos no estabelecimento em frente, Cantina da Nonna, ali com 114,5km às 12h45min, apenas 5min antes do limite programado. Incrível que todas as paradas consegui chegar dentro do previamente combinado, e conseguimos sempre encontrar os amigos que se dedicaram vosso tempo para me acompanhar. Poucos segundos que havia chego, encostou o carro com Henrique, Patricia Moresco e Ana Paula Janz. O sol estava praticamente insuportável, a temperatura variou de 18 à 31ºC. Lembrei de aplicar o protetor solar depois que saímos às 12h59min, já com 9min de atraso. Patricia iniciou correndo comigo. Ana foi com o Marco, e o Henrique acompanhado do Frederico, um lindo Maltês. Passaram alguns minutos correndo, já estava na hora de hidratar, mas o Marco deve ter se empolgado com uma nova companhia depois de horas, que se esqueceu de nós, rsrs. Fizemos uma parada não programada ao entrar em Campo Largo, na Colônia Dom Pedro II, e avisamos que chegaríamos próximo das 15h30. Ana começou à correr alguns trechos conosco, ficava mais preocupada comigo, queria alcançar o carro de apoio pra não faltar hidratação, hehe (obrigado). Patricia sentiu uma fisgada, mas logo se recuperou e foi guerreira até o final, totalizando 22km correndo (Henrique fez esses 22km no carro de apoio, e Ana revezando entre corrida e apoio). Ainda, faltando 5km, Everton Wosiack nos encontrou, ficando agora 3 carros de apoio no momento decisivo.

Dia 23/02/2019 às 15h35min - O final (Campo Largo)


          Corria em todas as descidas e planos, mas nas subidas não aguentava mais. Terminou o último trecho de asfalto, fomos seguidos pelo drone. Estava terminando. Ainda tinha mais uma subida. Chamei a Patricia pra acompanhar, preferiu entrar no carro e chegar antes (rs). Trotei toda a subida (mas em pensamento estava fazendo um tiro à 3'/km). O drone desceu mais perto. Teve fogos de artifício no mesmo céu ensolarado. Muitos amigos e familiares esperavam em frente ao portão (amor Eliane, meus filhos Eduardo e Enzo, minha irmã Dani, Paulo, Giulia e Pedro Grillo, Katia e Juninho, além dos que estavam me acompanhando, Marco, Marcelo, Patricia, Henrique, Ana e Everton). Teve até faixa de chegada e coroa de louros. Amei, me segurei para não chorar (deve ter escorrido algumas lágrimas). Mas minha chegada de fato estava um pouco mais alto... percorri os últimos metros subindo junto com meu filho Dudu de 8 anos, até tocar novamente o sino e encerrar uma volta completa por fora da cidade de Curitiba com distância de 137km em 15h34min41seg, sendo desses 12h57min em movimento, percorridos por 9 municípios da Região Metropolitana.

Aprendizado


          Treinamento e planejamento são fundamentais. Então dedicação e comprometimento devem estar sempre consigo. Pessoas próximas lhe apoiando também são essenciais; sem uma equipe lhe apoiando durante os treinos e no próprio desafio complicaria finalizá-lo com sucesso. Nos últimos dias não deve alterar sua rotina, nada de experimentar coisas novas, tanto de alimentação quanto de métodos de treinos ou até mesmos passeios cansativos. Portanto, descansar alguns dias antes, reduzindo o volume de treinos, é importantíssimo, você chegará com mais energia para concluir aquilo que se dispôs.

Próximas Ações


          - Almoço Beneficente na Piu José Eventos dia 10/03/2019. Confirmar presença até 07/03 nesse link;
          - Sorteios eventuais no instagram Condrati;
          - O atleta irá competir na Umstead 100 milhas dia 06/04/2019;
          - Arrecadação de recursos financeiros para essa competição, informações nesse link;
          - Arrecadação de roupas, calçados e alimentos não perecíveis para doação à entidades carentes;
Organização de uma prova de 100 milhas ao redor de Curitiba, previsto para 2020

Agradecimentos


          Agradeço imensamente aos meus apoiadores, sem vocês esse projeto seria muito mais difícil de concluir, principalmente ao Marco Piazza que me acompanhou por 100% do percurso. À Dani e ao Paulo por cederem a chácara e disponibilizarem seu tempo para estar conosco na largada e chegada. À minha família Eliane, Eduardo e Enzo pela compreensão de minha ausência em casa devido aos longos treinos. Aos meus apoiadores (Equipiazza Assessoria Esportiva, Naventura Eventos Esportivo, Academia Studio Corpo Livre, Fisioterapeuta Ana Paula Janz, Nutricionista Mel Pinesso, 42K Suplementos Alimentares, e Piu José Eventos). E à todos que lá puderam estar, ou que encaminharam mensagens pelo WhatsApp ou Instagram (não consegui ler muito durante o percurso, mas no dia seguinte olhei todas com muito carinho). Muitíssimo obrigado.

Ps.: Todo esse relato foi escrito ouvindo o curitibano Bruno Hrabovsky ao piano, em mais uma virada noite adentro...
Em breve fotos e vídeos

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